Maria-sem-vergonha

quarta-feira, setembro 29, 2004

kelly revisitada VI

Pra quem já estava acompanhando as histórias passadas da minha vida, seguem mais algumas abaixo. Essas, como já são mais recentes não tem tanto texto, são só pequenas anotações, lembretes ou coisas que marcaram...

São Paulo, dezembro de 98. (19 anos)

O ano de 1998 é recheado de histórias do movimento estudantil, quando criamos o Diretório Acadêmico de Ed. Artística na faculdade, quando fizemos todas as movimentações de semana de arte, semana dos bixos, encontros, eventos, palestras etc. Foi o ano que fui no meu primeiro encontro estudantil (de arquitetura), e o ano que entrei pro Coral.

São Paulo, 11 de dezembro de 2000. (21 anos)

“Encontrei o Joatan antes de eu ir pro inglês e depois ficamos um pouco lá na Pça Silvio Romero. Conversamos pra caramba e a cada dia que passa, o medo vai passando e gosto mais dele. O sorriso dele me encanta e o jeito e o olhar dele falando as coisas que pensa e que sente é meio mágico pra mim.”


São Paulo, 22 de março de 2003. (24 anos)

“Manifestação a favor da paz. Pça da Sé. 13hs.”

São Paulo, 09 de maio de 2003. (24 anos)

“Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o destrói”– Carlos Drummond de Andrade

São Paulo, 31 de julho de 2003. (24 anos)

“Porque você não é uma pessoa normal como toda moça da sua idade?" – da minha mãe pra mim...

São Paulo, 31 de outubro de 2003. (24 anos)

“Show da Maria Rita no Directv. 22hs”

São Paulo, 27 de dezembro de 2003. (25 anos) (dia do meu aniversário)


“Envelhecer é inevitável. Amadurecer é opcional”.

beijos.

Maria

domingo, setembro 26, 2004

poéticas do processo

Sábado, 25 de setembro de 2004.

Momento Histórico.
Abertura da 26ª Bienal Internacional de São Paulo.
Pavilhão da Bienal. Parque do Ibirapuera.

Que delícia. A estimativa é de que foram à abertura da Bienal quase 10.000 pessoas!
Realmente, estava lotado, mas como o pavilhão é enorme, tudo bem.
E tinha muita gente interessante. Encontrei muita gente: amigos, professores, artistas conhecidos. Até o tio Lula estava lá. E fez um discurso lindo.

Champanhe na faixa, tomei todas...
Sobre as obras, já tinha visto a montagem de algumas, e as outras deixei pra ver no decorrer da exposição. Ontem foi dia apenas de fazer a social.

De lá, eu e um grupo de amigos, fomos pra uma festa também da Bienal. Fechada. De graça. No Terraço Itália.
Mas a tentativa foi frustrada porque o lugar já estava com a capacidade lotada.

Então o jeito foi ir beber em outro lugar. Art´n Pizza. Na rua da Consolação. Uma graça o lugar.
Mais umas cervejas, pizza e conversa igualmente deliciosas.

Voltei pra casa, trelélé... e feliz da vida...
Muito feliz...

Domingão, depois da ressaca, o jeito foi trabalhar...
Botei minha saia faceira e fui fazer reunião. Acertar detalhes. E até recebi elogios... "Kelly, como você está bonita!"

hahaha... e não é pra ganhar o dia?

É isso.

Que a arte esteja com vocês.

Maria artista.

P.S.1 - "Poéticas do processo" é o nome de um livro da Cristina Freira, teórica de arte e que fala de arte contemporânea. Maravilhoso.

P.S.2 - o elogio ficou até mais intensificado, porque a pessoa que fez é um moço que usa sandália. E pra quem me conhece, adoro homens que usam sandália. ehehehe

sexta-feira, setembro 24, 2004

passou!

"hoje eu quero é ser feliz
andar tranquilamente na favela onde eu nasci"...

passou...
passou!!!
PASSOU!!!!

meu travesseiro já tá sequinho...

minha vida está a todo vapor...

imagens... arte... pessoas...
muitas pessoas...

olhos bem abertos...

movimentação ao redor... e eu virando a cabeça de lá pra cá pra captar tudo...

Pois é, Maria, seja bem vinda à vida novamente...

beijos e um abraço demorado em todos!

Kelly Maria

quinta-feira, setembro 23, 2004

o anel

- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Me dizem que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota.
- Como posso melhorar?
- O que posso fazer para que me valorizem mais?

O professor sem olhá-lo, disse-lhe:
- Sinto muito meu jovem, mas não posso lhe ajudar, devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois. E fazendo uma pausa falou:
- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez edepois talvez possa lhe ajudar.

- C...Claro, professor, gaguejou o jovem, mas se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor.

O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto e disse:

- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com moeda o mais rápido possível.O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda deouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas. Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação de seu professor e assim podendo receber ajuda e conselhos.

Entrou na casa edisse:

- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu.Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

- Importante o que disse meu jovem,... contestou sorridente.
- Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele lhe dá por ele.
- Mas não importa o quanto ele lhe ofereça, não o venda...Volte aqui com meu anel. O jovem foi até o joalheiro e deu o anel para examinar.O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o anel e disse:

- Diga ao seu professor, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.

- 58 MOEDAS DE OURO!!! - Exclamou o jovem.

- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas , mas se a venda é urgente... O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu.

- Senta. Disse o professor e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:
- Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um "expert". Pensava que qualquer um podia descobrir seu verdadeiro valor??? E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.
- Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. "-

"Ninguém pode lhe fazer sentir inferior sem seu consentimento."

segunda-feira, setembro 20, 2004

noites vazias



Eu durmo e acordo.
Durmo e acordo.
Durmo e acordo.
E meu travesseiro continua molhado...

Maria

sábado, setembro 18, 2004

nasceram!!! nasceram!!!

Ontem chegaram ao mundo os mais novos mascotes da família: Kauan e Larissa, gêmeos, filhos da minha prima linda e querida Gisele. Hoje eu e meus pais fomos visitá-los no hospital. A Larissa estava no quarto e eu fiquei um tempão com ela no colo... que coisa linda, minúscula, fofa, uma princesa de 2.400Kg. O Kauan estava no berçário, na incubadora, tomando cuidados especiais porque nasceu com água no pulmão... mas coisa que ele vai tirar de letra. Também lindo, fofo igualmente... e maiorzinho: 2.700kg.

É incrível ver uma coisinha daquela...fazendo careta, se espreguiçando, percebendo seu espaço no mundo...
É incrível saber que eles são filhos daquela que pra mim será sempre a minha priminha mais nova...
É incrível ver o milagre da vida acontecendo quando a gente dá valor a tantas outras coisas...

Agora o mais legal será fazer bagunça com dois, de uma vez só!!!

Beijinhos.

Kelly Maria

sexta-feira, setembro 17, 2004

...

dumba... dumba.. dumba di dum...

terça-feira, setembro 14, 2004

pendência, pra quê te quero?

Pendência: sf. 1. Contenda, litígio. 2. Tempo durante o qual uma causa ou recurso está pendente ou correndo.

É sabido que a nossa vida é recheada de pendências...algumas delas são resolvidas rapidamente e outras demoram séculos para serem desenroladas. A gente fica protelando... São aquelas que a gente vai empurrando com a barriga e sempre deixa pra amanhã... Eu estava cheia delas...Portanto, resolvi instituir:

A SEMANA NACIONAL DE RESOLUÇÃO DE PENDÊNCIAS

Só hoje, já me deu um faniquito e fui resolver algumas delas:

- Levar o vídeo e a TV pra arrumar (que estavam parados só juntando poeria);
- Consertar as lâmpadas do meu carro que estavam queimadas (e perigando levar uma multa);
- Trocar o óleo do carro (que já tinha há muito tempo passado a data de validade);
- Desenrolar algumas coisas da Bienal (que eu estava com preguiça);
- Tingir o cabelo (porque já está aparecendo a raíz...);

Mas ainda faltam algumas, como arrumar o som do meu carro, ligar pra alguns amigos queridos, e principalmente resolver questões afetivas, além de tudo o mais que tem me prendido num círculo vicioso... Não quero deixar nada pra amanhã. O meu tempo é hoje.

Qual é a sua pendência?

Beijinhos

Kelly Maria

"Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito, um se chama ONTEM e o outro AMANHÃ"
Dalai Lama

domingo, setembro 12, 2004


Quanto aos próximos lagos, agora só desço de rapel...

Meu final de semana foi bem agitado...
Na sexta fui no aniversário da minha prima Marta, lindinha e querida, num bar do Tatuapé. Dormi apenas duas horas e fui trabalhar.... zzzz... Voltei e fui num "cursinho para mesários" (vou trabalhar nas próximas eleições)... super programão pra sábado a tarde...zzzz voltei, dormi mais duas horas e fui ver a peça "Um Número" no Sesc Belenzinho, cujo elenco meu amigo Rodrigo faz parte. A peça é muito boa, saí pensando várias coisas... e adoro quando alguém ou alguma situação me faz pensar... De lá, fomos direto pra Trash, pra ver e ouvir o Índio e a Tati no comando das pickups. Simplesmente MA-RA-VI-LHO-SO! Parabéns, lindinhos! Dancei e brinquei pra caramba, que nem criança. E adorei estar com meus amigos... É por causa deles que ainda estou de pé...Obrigada por tudo, galera.

Beijinhos a todos.

Kelly Maria

P.S. Esse desenho de hoje e o do post anterior são de uma série que tenho feito desde 98 e vou postar aos pouquinhos por aqui...




terça-feira, setembro 07, 2004

a boa filha à casa torna


"Se tens um coração de ferro, bom proveito!
O meu fizeram de carne e sangra todo dia."
José Saramago

Eu achei que pudesse ficar longe daqui, mas vi que o trabalho não está tão intenso assim (por enquanto) e que eu não posso parar de fazer as minhas coisas por um motivo ou outro. Como já dizia Cazuza "o tempo não pára", e como diria Lobão "a vida é louca, e a vida é breve"... Portanto, estou de volta.

Hoje vou falar um pouco das coisas que tenho pensado e que tenho sentido.

Sempre fui uma pessoa muito otimista. Ótimo astral. Ria de tudo e com todos. Mas me acusavam de ser uma pessoa fria, de não sentir as coisas intensamente e deixar tudo sempre no superficial. Meu argumento era sempre o de aproveitar as coisas boas, as lições mesmo de um acontecimento ruim.

Depois de ouvir uma amiga falando que eu era medrosa e que eu só colocava o pé na água... pra ver se estava fria, ou se o lago era fundo... tentei mudar... comecei a mergulhar de cabeça em tudo o que fazia. E comecei a tentar sentir intensamente tudo o que vivia. Tive duas consequências, uma boa e uma ruim. A boa era sentir o mergulho fundo, gostoso, a água percorrendo meu corpo, e eu leve, flutuando dentro do lado... A ruim é que bati minha cabeça no fundo do lago. Desacordei. Entrei em coma. Paralisei. Doeu (com perdão da palavra) pra cacete. E ainda tá bem machucado... uma ferida horrível, ainda aberta, sangrando.

Estou começando a rever se mergulhar no lago, assim, sem verificar as condições antes, realmente vale a pena. Vou parar de acreditar em tudo o que me falam. Ou o que me recomendam. E deixar de ser tão inocente.

Mas apesar dos pesares, a minha força de recolher as coisas boas dos acontecimentos e fazer delas uma lição, continua firme e forte. E é assim que vou seguir. Linda. Gostosa. Inteligente. Querida pelos verdadeiros amigos. Firme e Forte. Afinal, eu sou uma mulher especial e mereço todo o confete do mundo!

"É pela indecisão que se perdem as oportunidades"
Publício Ciro

Beijos.

Kelly Maria