Maria-sem-vergonha

quarta-feira, novembro 17, 2004

penso, logo existo

Hoje foi um dia estranho.
Estamos no meio da semana, bem no final do ano, e estive sem nada pra fazer. Nada de muito importante pelo menos. Parecia domingo, mas sem Faustão. De qualquer forma, a porcaria na TV era quase do mesmo nível, João Cleber e Cia.
Aí então, depois de ler meus e-mails, e as milhares de listas de discussão que faço parte fui ler meu livro: "Crime e Castigo" de Dostoievski. Não me achem a intelectual, é que como estou sem dinheiro pra comprar livros novos, resolvi mexer na coleção de clássicos que comprei na banca de jornais há um tempo e não tinha nem aberto...E ele faz parte da minha volta à leitura... fazia um tempão que não lia nada, e esse é o segundo da safra. O primeiro foi "O Poder Jovem" de Arthur Poerner, contando a história do movimento estudantil no Brasil.
Mesmo assim, ainda pensamentos soltos habitaram a minha cabeça, pensei na minha vida, na minha família, na minha profissão, no meu futuro, e nos meus amores...

Mas ainda bem que amanhã é quinta, e ao contrário de hoje, trabalho, literalmente, o dia inteiro.
Aí, não haverá tempo para pensamentos soltos.

Beijos

Kelly

quarta-feira, novembro 10, 2004

gordinha sexy


Engraçado. Hoje tive um insight. Um "liga o botão do f..." e tudo bem.
Resolvi assumir minha personalidade gordinha sexy. Desisti de fazer dieta. Desisti de sofrer pra ter um corpo que nunca vou conseguir ter. É lógico que não vou descuidar da saúde, e me submeter à sessões de toneladas de sorvete, chocolate e pipoca. Mas não quero mais me preocupar com esse assunto como se ele fosse a missão da minha vida. E eu sei que não é. Minha missão aqui é muito maior.

Como uma pessoa descolada e informada que sou, sempre soltei umas frases de "que beleza exterior não é tudo", "o que importa é o que você é por dentro" e por aí afora. Mas, na realidade, nunca me senti tão desprendida dos valores carnais como proferia... por várias vezes me peguei chorando, com um balde de sorvete na mão assistindo às boazudas da tv... patético... eu sei... assumo... Mas é isso que o raio da mídia coloca na nossa cabeça. Que pra você ser feliz precisa ser um mulherão.

Na verdade, hoje, eu me considero um mulherão! Puxa, e que mulherão! Me desculpem as magrelas altas, mas ter onde pegar é fundamental! Sou um mulherão não pelos padrões da mídia, mas pelo meu padrão. Pelo padrão real. E pelo padrão das pessoas que me rodeiam.

E o que é melhor: além de eu ser um murelhão, tenho o interior recheado de boas qualidades também, como inteligência, bom humor e simpatia.

Quer mais?
Quem não aproveita não sabe o que está perdendo.

É isso aí.

Beijinhos

Kelly Linda

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domingo, novembro 07, 2004

sem muito a declarar

nossa, diante dos fatos, só posso dizer: eu sou mais eu!

Kelly

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terça-feira, novembro 02, 2004

Olga

Hoje fui assitir ao filme "Olga" de Jayme Monjardim.

Eu já tinha lido o livro há muitos anos atrás, e não foi a toa que me identifiquei, e que tive (e tenho) inclinação aos vermelhinhos desde a minha adolescência. Foi com livros como esse, e com ideologias como as de Olga e de Luís Carlos Prestes que formei minha personalidade e minha visão de mundo. E que tenho cada dia mais certeza que não escolhi a minha profissão a toa.

Não posso aceitar que ainda hoje vivemos num país e num mundo onde a miséria impera e a injustiça fica impune.
A vida de Olga é uma lição. Uma lição de coragem, uma lição de amor e uma lição de esperança.

"Luto pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo".
Faço das palavras de Olga as minhas palavras.

Beijos.

Camarada Kelly

P.S. e lamento profundamente por um neoliberal estar à frente da nossa cidade agora.