Maria-sem-vergonha

quarta-feira, agosto 18, 2004

kelly revisitada I

É fato que qualquer menina prefere a morte à sequer cogitar que alguém um dia possa ler seus diários. Mas como a Maria é sem vergonha, resolvi contar algumas passagens da minha vida neste diário eletrônico. Algumas são engraçadas, outras inesperadas, existem ainda aquelas tristes e melancólicas, mas todas muito sinceras. São 12 anos de escrituras. Comecei o meu primeiro diário em 1992 aos 13 anos e depois fui anotando uma coisa ou outra nas minhas agendas do dia-a-dia. Pra dar ainda mais veracidade a essas confissões vou manter os erros de português da adolescência e a falta de nexo de alguns textos. Não há ordem cronológica, e publicarei aleatoriamente os textos que eu achar interessante.

Bem vindos ao pequeno grande mundo de Kelly Cecília.

São Paulo, 19 de maio de 1992 (13 anos)

“Hoje eu levei um tombo, na classe, que vergonha...
Eu estava voltando do recreio, aí ficou um “bolo” de gente na porta e sem querer, eu acho, o Fagundes pôs o pé na minha frente e eu caí, logo comecei a chorar, veio a Fabiana, a Elaine, e por incrível que pareça até meu irmão, vieram me “socorrer”, levantei e fui lavar o rosto, depois a Fabiana, veio no pátio onde eu estava, e falou que o Fagundes tinha chorado na classe e que eu conversasse com ele, fiquei meio sem graça qdo entrei na classe e depois que acabou a aula de Português, o Fagundes veio me pedir desculpas, que tinha sido sem querer e eu falei que tudo bem, e a gente começou a conversar de novo.
Isso porque antes do recreio ele tinha me dado um papel de bala escrito “te curto de montão”. Eu já tinha percebido que ele gostava de mim. Tomara que não, ele é legal, mas eu não gosto dele como namorado, só amizade mesmo.”